RESUMEN
Este trabalho teve por finalidade realizar um estudo comparativo entre as incidências radiográficas convencionais para identificar fraturas na região periorbitária póstero-anterior oblíqua (Waters) e Axial submentovértex (Hirtz) e as incidências P13 e P3 do aparelho Orthophos CD, obtidas de uma amostragem de 26 pacientes adultos, de ambos os sexos, diagnosticados no Serviço de Radiologia do Hospital Cristo Redentor (Porto Alegre/RS). Também constituiu-se objetivo da pesquisa estabelecer se as incidências P13 e P3 devem ser incluídas na rotina convencional para o diagnóstico de tais fraturas. Com um total de 104 incidências radiográficas nas 12 regiões anatômicas da periórbita foram observadas 103 fraturas. Os resultados indicam que: a incidência radiográfica de Waters demonstrou ser mais bem indicado no diagnóstico de fraturas nas seguintes regiões anatômicas: assoalho orbitário, corpo sigomático, ossos próprios do nariz, parede medial da órbita, borda infra-orbitária, sutura frontozigomática, sutura zigomático-maxilar, sendo tão bem indicada quanto a radiografia P13 para a análise da parede lateral de órbita, e a radiografia P3 na observação da borda supra-orbitária. Também possui o mesmo valor diagnóstico que as radiografias P13 e P3 na observação de fraturas na sutura fronto-nasal. A radiografia de Hirtz é mais indicada que as demais no diagnóstico de fraturas de arco zigomático. Quando se avalia o pilar zigomático-maxilar, a radiografia P13 se mostra mais indicada que a de Waters, Hirtz e P3. Os programas P13 e P3 devem ser utilizados apenas como complemento da incidência de Waters e Hirtz no diagnóstico de fraturas da região periorbitária, visto que o número médio de fraturas identificadas pelo padrão convencional foi superior ao número médio de fraturas identificadas em tais programas, mostrando diferenças estaticamente significativas (p< ou =0,0166) e (p< ou =0,0051), respectivamente
